quarta-feira, 21 de maio de 2014

[Resenha] Quando tudo volta - John Corey Whaley































Como eu já havia falado pra vocês em um outro post, eu estava há uns tempos com a chamada ressaca literária ( leia mais aqui), e só tenho a agradecer ao John por ter conseguido me tirar dessa. Eu adorei o livro, e me identifiquei demais.
Quer saber mais?
Continue lendo!

"Não consigo ser pessimista por tempo suficiente para ignorar a possibilidade de as coisas serem extremamente boas"

Cullen Winter acabou de terminar o colegial e não consegue enxergar nenhuma possibilidade o mínimo empolgante na pequena cidade onde vive ( Lily, Arkansas). Tudo em sua vida, assim como nados outros poucos habitantes da cidadezinha caminha para a mesmice e para um futuro previsível e maçante.Até que seu irmão mais novo, der repente some do mapa. Desaparece sem deixar rastros.

No mesmo verão, um observador de pássaros um tanto problemático aparece na cidade alegando ter avistado uma espécie já extinta de Pica-Pau.

Do outro lado dessa história está Benton Sage, um cara extremamente religioso que se comprometeu a viajar à Africa para realizar missões. Porém ao chegar lá percebe que as coisas não são bem como ele esperava.

























John Corey Sloan somou um enredo inteligente a personagens cativantes e conseguiu um resultado que excede as expectativas

O primeiro dos fatores que fizeram eu me apaixonar por "Quando tudo volta" foi o protagonista. Cullen é um personagem tão original, e tem uma mentalidade tão diferente que foi impossível não simpatizar assim que comecei a ler, sem contar a  forma como me identifiquei com ele e com os outros personagens (mas especialmente com Cullen e seu irmão). 

A estória se ambiente entre dois núcleos; o de Cullen e seu irmão desaparecido ( onde é narrada em 1ª pessoa) e o de Benton Sage e sua missão à Africa ( onde a narração ocorre em terceira pessoa). A voz que John Corey dá a Cullen é genial; ele é sarcástico, direto, debochado e ao mesmo tempo consegue carregar muita coisa nas entrelinhas, e a narração em terceira também não deixa de se tornar pessoal, pois mesmo com um narrador onipresente não senti falta das vozes de Benton e de Cabot.

Os personagens foram construídos em sua maioria de uma forma incível, praticamente todos tem profundidade suficiente para sustentar suas participações na estória. Meu desapontamento fica mesmo com algumas personagens femininas como Mena, Ada e até Tia Jullie, o fato é que elas me pareceram extremamente superficiais e não tinham uma personalidade e características marcantes.Não posso deixar de falar de Cabot Searcy, que foi um personagem que me surpreendeu bastante. Admito que quando ele apareceu pela primeira vez eu não esperava tanta participação assim, e depois, seu fanatismo conseguiu me fascinar e me fez grudar os olhos nas páginas, ajudou muito a instigar cada vez mais a leitura.


































A forma como o autor foi construindo o enredo e acabou por uni-los foi genial, em momento algum eu cheguei a desconfiar de quem fosse o culpado e também nem esperava uma interação maior entre os núcleos da narrativa.

Além de tudo isso, John Corey ainda conseguiu inserir em seu livro grandes conflitos pessoais que os adolescentes passam, como insegurança,  incerteza sobre o futuro ou então a dificuldade de demonstrar sentimentos e de ter um relacionamento aberto com os pais.

Pra finalizar, a Editora Novo Conceito fez um trabalho incrível mais uma vez. A capa é linda e chamativa mesmo sendo simples, a diagramação está bem bacana e a tradução foi muito bem feita.

Eu simplesmente adorei "Quanto tudo volta", e já que pode chegar a ser uma das melhores leituras do ano!

Sinopse:
Uma morte por overdose. Um fanático estudioso da Bíblia. Um pássaro lendário. Pesadelos com zumbis. Coisas tão diferentes podem habitar a vida de uma única pessoa? Cullen Witter leva uma vida sem graça. Trabalha em uma lanchonete, tenta compreender as garotas e não é lá muito sociável. Seu irmão, Gabriel, de 15 anos, costuma ser o centro das atenções por onde passa. Mas Cullen não tem ciúmes dele. Na verdade, ele é o seu maior admirador. O desaparecimento (ou fuga?) de Gabriel fica em segundo plano diante da nova mania da cidade: o pica-pau Lázaro, que todos pensavam estar extinto e que resolveu, aparentemente, ressuscitar por aquelas bandas. Em meio a uma cidade eufórica por causa de um pássaro que talvez nem exista de verdade, Cullen sofre com a falta do irmão e deseja, mais que tudo, que os seus sonhos se tornem realidade. E bem rápido.

Espero que tenham gostado da resenha pessoal.
Não deixem de contar aqui embaixo se já leram, se têm vontade ou se não se interessaram nem com a minha resenha super empolgada (hahahahhha).

Um Abraço,

5 comentários:

  1. Olá, João! Esse livro não me chamou atenção, embora sua resenha seja bem convincente. Achei que essa troca de personagens e de narração meio confusa, sei lá. Gosto bastante da capa, mas o enredo infelizmente não me cativou.

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  2. Achei a premissa bem legal e sua resenha me deixou muito interessado!
    Adorei as fotos!!

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  3. A primeira vez que vi o livro quis lê-lo, mas fiquei na dúvida, daí eu vi umas duas resenhas negativas e perdi a vontade, e agora depois da sua resenha quero lê-lo de novo.hahahaha

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  4. Não consigo pensar em uma maneira de como o autor uniu as histórias diferentes e as fez andar por um caminho só, esse foi um lançamento da editora que eu precisei comprar e está do lado da cama esperando para ser lido, só pela resenha já sei que me identificarei com Cullen, pelas suas características, essa morte por overdose também deve esconder algo mais, não sabia que tinha um culpado no livro e isso atiçou ainda mais minha curiosidade, com a frase pode ser uma das melhores leituras do ano sei que não irei me decepcionar.

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  5. Amei sua resenha!
    Vou colocar esse livro na lista de futuras leituras com toda certeza!

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