quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

[Resenha] Maze Runner - Correr ou morrer | James Dashner (livro)

Então eu li Maze Runner, e tenho que dizer que li atrasado. Eu tinha grandes expectativas, e estava um pouco receoso de acabar me decepcionando, quer dizer, vocês provavelmente devem saber o quanto as pessoas gostam desse livro e o quanto os fãs estavam ansiosos para o filme, então né.

Lá fui eu, na péssima feira do livro da minha cidade e acabei pagando uns reais a mais pra não comprar a capa do filme, cheguei em casa e comecei a ler. E pronto, fui pego.
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Ao acordar em um elevador em movimento e no escuro, a única coisa de que Thomas tem certeza é seu nome. Não se lembra de onde veio, nem de seus pais ou de seu sobrenome, e ao chegar ao seu destino - uma clareira cheia de outros garotos e cercada de grandes paredões, Thomas percebe que não é o único na mesma situação-.

A situação é a seguinte: a clareira onde os garotos se encontram é isolada, além dos bilhetes que os meninos podem mandar pedindo determinados mantimentos não há nenhum contato com o mundo exterior, e uma vez por mês um novo garoto chega a clareira. Acontece que alguns dias após Thomas chegar uma coisa inédita acontece, uma garota chega na clareira, e o pior, trazendo um aviso assustador. Thomas é mais importante do jamais imaginou, e os segredos que guarda em sua mente podem significar o futuro e a segurança de todos os clareanos.

Fora isso, vocês tem que saber que a clareira é cercada por um labirinto gigante ( gigante mesmo, com uma estrutura colossal) que muda sua estrutura toda noite, impedindo assim que os clareanos possam descobrir os segredos do labirinto.

Aos poucos, depois do baque e da agitação de quando Thomas chega a clareira, vamos aprendendo um pouco mais sobre como as coisas ali funcionam, e essa tática do autor de jogar as informações aos poucos para o leitor foi bem inteligente, prendeu muito minha atenção e fez com o que o livro se tornasse sempre dinâmico.

A narração em terceira pessoa me incomodou em alguns momentos por ser muito impessoal e não transmitir de modo certeiro os sentimento do protagonista, mesmo que o sentimento de dúvida tenha sido constante no decorrer de boa parte do livro, foi difícil eu começar a me sentir próximo de Thomas.

Os personagens secundários foram bem trabalhados, e a tática de substituir e desperdiçar diálogos por mensagens telepáticas entre o casal principal foi bem interessante. Senti falta, porém, de conhecer mais das pessoas da clareira, quer dizer, fora do núcleo principal não há nada, e a presença constante dos problemas do protagonista acabou me cansando um pouco.

Acho que o autor também pecou no comportamento dos adolescentes que estão na clareira. Tudo era tranquilo demais, os jovens aceitavam ordens de pessoas da mesma idade de maneira passiva, quase sem protestar. Esse não é o comportamento de um adolescente nem na escola, como vai ser em um ambiente hostil e perigoso?

O ritmo de leitura a princípio é um pouco lento devido a quantidade enorme de coisas que precisam ser explicadas para que o leitor se localize na estória, depois disso a leitura é rápida e sufocante. Gostei da forma com que o autor terminou os capítulos e também do fato de não ter simplesmente jogado as informações, e sim as trabalhado ordenadamente.

A ilustração da capa é bacana, mas não chama atenção., a diagramação está bem simples, sem nada de especial. Fico imaginando a dificuldade que o tradutor deve ter encontrado e como traduziu termos como "Verdugo" , "cara de mértila" e "trolho". Fiquei bem incomodado com a repetição constante da expressão "bom isso", sério, a cada duas frases ela aparecia umas 6 vezes.

Por fim, foi um livro que me agradou bastante ( bem mais que o filme, mas falamos dele depois). Achei a ideia bem criativa e tenho que dizer que pelo menos pra mim esse primeiro livro NÃO É DISTOPIA, se encaixa bem mais em ficção científica.

Editora: V&R
N° de páginas: 428
Sinopse:  Ao acordar dentro de um escuro elevador em movimento, a única coisa que Thomas consegue lembrar é de seu nome. Sua memória está completamente apagada. Mas ele não está sozinho. Quando a caixa metálica chega a seu destino e as portas se abrem, Thomas se vê rodeado por garotos que o acolhem e o apresentam à Clareira, um espaço aberto cercado por muros gigantescos. Assim como Thomas, nenhum deles sabe como foi parar ali, nem por quê. Sabem apenas que todas as manhãs as portas de pedra do Labirinto que os cerca se abrem, e, à noite, se fecham. E que a cada trinta dias um novo garoto é entregue pelo elevador. Porém, um fato altera de forma radical a rotina do lugar - chega uma garota, a primeira enviada à Clareira. E mais surpreendente ainda é a mensagem que ela traz consigo. Thomas será mais importante do que imagina, mas para isso terá de descobrir os sombrios segredos guardados em sua mente e correr, correr muito. 

3 comentários:

  1. Adorei o filme! Depois dessa resenha, acho que vou ler o livro também.

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  2. Vi o filme, mas sinceramente não achei tão bom. Pra mim ficaram mtas pontas soltas, mtas perguntas sem resposta, é claro que deixaram em aberto pra poderem fzr mais filmes e ganhar mais dinheiro rs Não sei se o livro vai ter continuação e deixou mtas perguntas sem resposta tbm, mas livro é livro, então lê-lo seria uma boa alternativa p tirar um pouquinho da má impressão do filme.

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    1. Já existem dois livros "sequência" desse e um outro que parece algo anterior a época deles. E quanto aos filmes, a continuação vai ser lançada ainda esse ano...

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